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Foto do escritorFERNANDO SALAN

Colelitíase: O Que São as Pedras na Vesícula Biliar?

Atualizado: 7 de dez. de 2024


A colelitíase, popularmente conhecida como "pedra na vesícula", é uma condição bastante comum e ocorre quando há formação de cálculos (pedras) na vesícula biliar, um pequeno órgão localizado abaixo do fígado. Essas pedras podem variar em tamanho, desde pequenas partículas até grandes pedras que bloqueiam os ductos biliares. Embora muitas pessoas com colelitíase não apresentem sintomas, em alguns casos, as pedras podem causar dores intensas e exigir tratamento médico.


O Que é a Vesícula Biliar e Qual a Sua Função?


A vesícula biliar é um órgão pequeno, com cerca de 10 a 15 centímetros de comprimento, que tem a função de armazenar a bile produzida pelo fígado. A bile é um líquido digestivo que ajuda na quebra e absorção das gorduras dos alimentos no intestino. Quando você ingere alimentos gordurosos, a vesícula biliar libera a bile para o intestino, facilitando a digestão.


O Que São as Pedras na Vesícula (Colelitíase)?

As pedras na vesícula, ou cálculos biliares, são formadas quando a bile não consegue se decompor corretamente e se solidifica. Existem dois tipos principais de pedras:

  • Pedras de colesterol: São as mais comuns e se formam quando há um excesso de colesterol na bile. Embora o colesterol seja uma substância necessária para o corpo, o seu excesso pode se cristalizar e formar pedras.

  • Pedras de bilirrubina: São menos frequentes e se formam quando há um excesso de bilirrubina, uma substância proveniente da decomposição dos glóbulos vermelhos no sangue. Essas pedras são mais comuns em pessoas com doenças hepáticas ou anemias crônicas.


Quais São os Sintomas da Colelitíase?


Muitas pessoas com cálculos biliares não apresentam sintomas e vivem com as pedras na vesícula sem saber. Isso é chamado de "colelitíase assintomática". No entanto, quando as pedras bloqueiam um ducto biliar, pode ocorrer uma crise conhecida como cólica biliar, que se caracteriza por:

  • Dor abdominal intensa e repentina, geralmente no lado direito do abdômen ou abaixo das costelas;

  • Náuseas e vômitos;

  • Indigestão ou sensação de estufamento, especialmente após comer alimentos gordurosos;

  • Febre (em casos de infecção);

  • Icterícia (pele e olhos amarelados), se a pedra bloquear o ducto biliar comum.

Se você sentir esses sintomas, é fundamental procurar um médico para avaliação. Em alguns casos, a dor pode ser muito intensa e se tornar um alerta para um problema sério.


Quais São os Fatores de Risco?


Existem vários fatores que aumentam a probabilidade de uma pessoa desenvolver cálculos biliares. Alguns dos principais fatores de risco incluem:

  • Idade avançada: Pessoas com mais de 40 anos têm mais chances de desenvolver a condição.

  • Sexo feminino: As mulheres têm mais propensão a desenvolver pedras na vesícula, especialmente as que têm múltiplos filhos, usam anticoncepcionais ou estão na menopausa.

  • Obesidade: O excesso de peso aumenta a produção de colesterol na bile, o que pode levar à formação de pedras.

  • Dieta rica em gorduras e pobre em fibras: Alimentos com alto teor de gordura podem favorecer a formação de cálculos biliares.

  • Histórico familiar: Se alguém na sua família teve pedras na vesícula, você também tem mais chances de desenvolver a condição.

  • Doenças hepáticas ou anemia: Como a anemia falciforme e outras condições que afetam os glóbulos vermelhos podem aumentar o risco de cálculos de bilirrubina.


Como a Colelitíase é Diagnosticada?


Para diagnosticar a colelitíase, o médico geralmente realiza um exame clínico e pode solicitar exames de imagem, como:

  • Ultrassonografia abdominal: É o exame mais comum e eficaz para identificar cálculos biliares. Ele permite visualizar a vesícula biliar e verificar a presença de pedras.

  • Tomografia computadorizada (TC) ou ressonância magnética (RM): Esses exames são usados em casos mais complexos, quando a ultrassonografia não é suficiente.


Tratamento para Pedras na Vesícula


O tratamento para a colelitíase depende da gravidade dos sintomas e da localização das pedras. Se as pedras não causam dor ou complicações, o médico pode recomendar apenas monitoramento. Porém, se os cálculos causarem sintomas ou complicações, a remoção da vesícula biliar, conhecida como colecistectomia, é a solução mais comum.

  • Colecistectomia laparoscópica: Este é o método mais utilizado e envolve a remoção da vesícula biliar por meio de pequenas incisões no abdômen. A cirurgia é minimamente invasiva, o que significa que o paciente tem uma recuperação mais rápida e menos dor pós-operatória.

Em alguns casos, medicamentos podem ser usados para dissolver as pedras, mas esse tratamento é mais eficaz apenas para pedras pequenas de colesterol e pode levar meses para ser concluído.


Conclusão


A colelitíase é uma condição comum, mas muitas vezes tratável, especialmente quando diagnosticada precocemente. Embora muitas pessoas possam viver com pedras na vesícula sem apresentar sintomas, em alguns casos a situação pode evoluir para complicações sérias, como infecção ou inflamação da vesícula biliar. Por isso, é fundamental estar atento aos sinais e procurar ajuda médica se sentir dores ou outros sintomas relacionados. Com o tratamento adequado, a maioria dos pacientes consegue se recuperar completamente e voltar à vida normal.


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